VISITA TÉCNICA AO CENTRO HISTÓRICO
Realizei uma pesquisa de campo, ao
centro histórico de Curitiba, que fica no Largo da Ordem no bairro São
Francisco, abrangendo muitas casas, que hoje se tornaram patrimônio histórico
de Curitiba, muitas delas abrigando acervos. Visitei o Memorial de Curitiba que
foi sonhado por Jaime Lerner e Rafael Greca entre 1991 e 1993 na comissão dos
300 anos de Curitiba. Visitei a exposição “Amigos da Arte” Mostra Curitiba.
Dentre
as construções s que fazem parte do centro histórico estão : a Igreja da Ordem
Terceira de São Francisco, que data do ano de 1737, Igreja do Rosário, o
Memorial de Curitiba, uma construção belíssima que uniu o antigo ao moderno,
Fundação Cultural de Curitiba, Paraná Ação Social, que fica na Praça Garibaldi
desde 1946, Sociedade Garibaldi, Arcadas de São Francisco, abrigando várias
lojas comerciais, casas de artesanatos, bares, restaurantes entre outros.
Nesta região que era antigamente uma
grande área comercial, há uma grande concentração de bares, restaurantes,
antiquários, casas de artesanatos, acontece também tradicionalmente aos
domingos, desde 1973, a Feira de Arte e
Artesanato. Nesta feira é possível encontrar dos mais diversos tipos de
artesanatos, além de comidas tradicionais, típicas regionais e diversas apresentações
de artistas de rua, aos domingos.
O nome oficial é Largo Coronel Enéas,
desde 1917 em homenagem ao Coronel Benedito Enéas de Paula. No século XVIII
chamava-se Páteo de Nossa Senhora do Terço. Mais tarde, passou a se chamar
Páteo de São Francisco das Chagas.
Essa visita técnica também abrangeu:
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Memorial de Curitiba:
Inaugurado em 1996, o Memorial da Cidade é um espaço
dedicado à memória, às artes e à cultura de Curitiba. O projeto arrojado, do
arquiteto Fernando Popp, contrasta com as antigas construções do Setor
Histórico, exemplo de que arte não deve ter âncoras. No Memorial da Cidade o
público pode assistir apresentações cênicas e musicais, ver exposições de arte,
assistir palestras ou participar de cursos sobre arte e cultura. As instalações
do Memorial conta com três salas para exposições, o Teatro Londrina e uma praça
ampla que permite realizar eventos. O prédio tem estrutura de aço e concreto,
com cobertura de vidros laminados. Possui quatro pavimentos e terraço. Obras de
arte de João Turim, Poty Lazarotto Antonio Maria, Sérgio Ferro, Zaco Paraná e
Elvo Benito Damo são expostas permanentemente no Memorial.
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Igreja do Rosário:
Construção do século XVIII, terceira igreja de Curitiba - depois da Matriz e da
Igreja da Ordem. Era a igreja dos escravos, com o comprido nome de Igreja do
Rosário dos Pretos de São Benedito. A construção original foi demolida em 1931.
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Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas - Construída em 1737, é a
mais antiga de Curitiba. Seu nome original era Nossa Senhora do Terço, só
mudado com o surgimento da Ordem de São Francisco em Curitiba, em 1746.
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MUSEU DE ARTE SACRA DA ARQUIDIOCESE DE
CURITIBA - O Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba fica em um anexo
da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas, que é a igreja mais
antiga da cidade de Curitiba, no Paraná. Foi inaugurado em 1981, logo após a
conclusão das obras de restauração da igreja. Anteriormente, o museu ficava no
Seminário Menor da Arquidiocese, na Rodovia do Café. O museu guarda peças
oriundas de diversas igrejas de Curitiba, como o altar-retábulo lateral da
antiga igreja matriz, a imagem do século XVIII de Nossa Senhora da Luz dos
Pinhais, padroeira da capital, a imagem do século XVII de Bom Jesus dos
Pinhais, em terracota e a imagem de Nossa Senhora do Terço, em madeira
policromada, entre outras.
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Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas - Construída em 1737, é a
mais antiga de Curitiba. Seu nome original era Nossa Senhora do Terço, só
mudado com o surgimento da Ordem de São Francisco em Curitiba, em 1746.
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Praça Garibaldi:
No século 19 era conhecida como Largo do Rosário, devido à Igreja do Rosário.
No final do século 19, recebeu o nome de Praça Faria Sobrinho. Em 1946,
tornou-se Praça Garibaldi, em homenagem a Giuseppe Garibaldi. A praça abriga
construções históricas importantes, como o Palácio Garibaldi, a sede da
Fundação Cultural de Curitiba, a Igreja do Rosário, a Igreja Presbiteriana
Independente e o Solar do Rosário .
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Relógio
das Flores: O Relógio das Flores de Curitiba está
localizado no setor histórico da capital do estado brasileiro do Paraná, na Praça
Garibaldi. Trata-se de um presente oferecido ao município por joalheiros, no
ano de 1972.1 A partir de 1978, as flores do canteiro passaram a ser repostas a
cada trimestre, obedecendo à floração das estações. Apresenta oito metros de diâmetro,
com os ponteiros confeccionados em fibra de vidro.1 Seu funcionamento é baseado
na emissão vibrátil do quartzo, que oferece maior precisão, suscetível a um
desarranjo máximo de 30 segundos por ano. O acionamento se dá pelo envio de
impulsos eletrônicos de um relógio-comando instalado na Igreja do Rosário.1 Em
1980, a construção do belvedere permitiu sua melhor visualização.
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Cabeça
de Cavalo: Fonte da Memória – escultura de uma cabeça de
cavalo, em forma de fonte, feita pelo artista plástico Ricardo Tod, recordando
a época em que os colonos chegavam em carroças e davam água aos animais no
bebedouro do Largo da Ordem. Aos domingos (sobretudo na parte da manhã)
acontece nesta praça a Feira de Arte e Artesanato, com antiguidades, esculturas
e talhas em madeiras e cerâmica, vidro, couro, metal e outros, além de
apresentações musicais.
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Belvedere:
A Praça João Cândido já foi Praça do Observatório e Praça Emílio de Menezes. Abriga
o Belvedere, mirante art-nouveau construído em 1915, quando era prefeito de
Curitiba Cândido Ferreira de Abreu. Em 1922, foi sede da primeira emissora de rádio
do Paraná, a PRB-2. Em 1931 foi observatório astronômico e meteorológico. Desde
1962 é sede da União Cívica Feminina. Em 1980, a construção do belvedere permitiu
melhor visualização do relógio. O espaço foi revitalizado em 1995 pela prefeitura de Curitiba, hoje está todo pichado e abandonado e serve de abrigo para moradores de rua.
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Bebedouro: Os tropeiros e fazendeiros da
região de Curitiba costumavam dar de beber a seus cavalos e mulas no bebedouro,
ainda hoje existente, no centro doLargo da Ordem. O bebedouro data de meados do
século 18. É uma fonte construída em pedra, com uma bacia de ferro no topo.
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Casa Romário Martins: Construção em estilo
colonial do século XVIII é o segundo prédio mais antigo da cidade, ao lado do
primeiro ainda preservado, a Igreja da Ordem. A edificação foi desapropriada
pela prefeitura em 1970 e os trabalhos de restauração iniciaram-se em 1973. O
arquiteto responsável foi Cyro Corrêa Lyra. As transformações, realizadas ao
longo de dois séculos, haviam desfigurado totalmente o interior e o exterior do
velho prédio, por reformas indevidas ou placas de propaganda em sua fachada.
Antes funcionava ali um armazém de secos e molhados e com a restauração foi
basicamente, recuperado o aspecto externo. Interiormente o prédio quase não possui
divisões, apenas um miolo fechado, e o restante funciona como galeria. A Casa
Romário Martins foi inaugurada no final de 1973, com a presença de sua filha
Azurita Martins Alice. Ao contrário do que se pensa, Romário Martins, nunca
teve, em vida, uma ligação a esta casa. Seu nome é uma homenagem póstuma ao
brilhante escritor e historiador que nos legou uma bagagem cultural importante,
colaborando em vários setores de nossa vida pública. É vinculada à Fundação
Cultural de Curitiba e objetiva a promoção de exposições de artistas
paranaenses.
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Palacete
Wolf: O Palacete Wolf, construído pelo imigrante austríaco
Fredolin Wolf, em 1880, foi sede da Fundação Cultural de Curitiba até 2006. Sua
história é constituída de muitas memórias: em diferentes épocas, foi sede dos
colégios Curitibano, Parthenon Paranaense, Internacional, Pereira Pitta e da seção
masculina do Bom Jesus. De 1886 a 1891, o imóvel foi alugado para o Corpo
Policial da Província, mas em seguida foi transformado em sede do governo do
Paraná (até 1892). Durante a Revolução Federalista (1894), o sobrado serviu de
Quartel General do 5º Distrito do Exército. Entre 1912 e 1913, o casarão sediou
a Câmara Municipal e, no ano seguinte, o andar superior foi ocupado pela Loja
Maçônica de Curitiba. Nessa época, a família Bianchi passou a residir no térreo,
com escola particular de pintura e de violino, ocupando o imóvel por 42 anos.
No local também funcionou a livraria de Otto Braun (1940). Em 2006, a Coordenação
de Literatura ganhou, pela primeira vez na história da Fundação Cultural, uma
sede própria, o Palacete Wolf. Considerado um marco para a literatura de
Curitiba, o Palacete promove diversas ações, entre oficinas de análise e criação
literária e laboratórios de leitura. Rodas de Leituras e Ciclos especiais também
marcam a programação do Palacete. O Palacete abriga, ainda, a Livraria Dario
Vellozo, espaço alternativo para comercialização de obras literárias não
comumente encontradas no circuito comercial. Procura evidenciar as publicações
da própria Fundação Cultural de Curitiba, de escritores independentes,
abrangendo publicações de cunho histórico, de artes e CDs. Atua como pólo
cultural ao promover a divulgação de novos escritores, principalmente os
talentos locais. A inauguração da Livraria Dario Vellozo aconteceu em 26 de março
de 1982, no andar térreo do Palacete Wolf. O nome da Livraria homenageia o
literato, filósofo e criador do Instituto Neo-Pitagórico/Templo das Musas,
localizado no bairro Vila Izabel, em Curitiba.
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Ruínas de São: As Ruínas de São Francisco
representam o início da construção da Igreja de São Francisco de Paula, em 1809
presumivelmente, da qual este vestígio seria o seu frontal. É um local envolto
em mistérios e lendas, uma das quais relata a existência de um tesouro ali
enterrado de propriedade do pirata Zulmiro que, após a sua morte, vinha
assustar as pessoas que dele se aproximassem. Fechadas com grades, de maneira a
protegê-las da depredação e do mau uso, junto a ela, está um anfiteatro ao ar
livre e sob sua arquibancada foram construídas as Arcadas das Ruínas de São
Francisco, abrigando lojas de souvenirs e presentes, pizzaria, bar,
confeitaria, antiquário, cabeleireiro, floricultura, banca de revistas, além de
sanitários públicos e posto da Guarda Municipal.
Esse foi um trabalho muito bom de se
fazer. Mesmo morando em Curitiba há mais de 12 anos, eu nunca tinha visitado
com atenção o Centro Histórico de Curitiba. Tanto que como não pude ir com meus
colegas de profuncionário no sábado, fui com minha família no domingo e ainda
aproveitamos a tradicional Feira do Largo da Ordem, num dia tipicamente curitibano.
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